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Itacuruba recebe palestra sobre danos da usina nuclear

Nesse pequeno município pernambucano existe um projeto para construção de um complexo com seis reatores nucleares.




Há aproximadamente 450 km de Recife, sertão de Pernambuco, está a cidade de Itacuruba, com uma população de 4.754 pessoas (de acordo com IBGE 2015). Nesse pequeno município existe um projeto do Governo Federal, para construção de um complexo com seis reatores nucleares.

Aconteceu no último sábado (08.02) uma palestra sobre os impactos sociais da construção da usina. O evento teve a palestra com a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutora em Auditoria Social, Fátima Pinel. Logo após a roda de conversa, foi exibido o filme Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dorneles.

“Tenho estudos acadêmico-científicos para afirmar, como também evidenciar, porque sou totalmente contra a construção da usina nuclear no entorno de Itacuruba, local escolhido estrategicamente pela presença do urânio 235. Esta usina provavelmente gerará empregos radioativos, contaminação e radiação para o entorno, como câncer no pulmão e tireoide, vide o caso de Caetité na Bahia, além da morte do Rio São Francisco” disse a professora, que é autora do Livro Modelo de Auditoria Social para Transnacionais que Destroem a Natureza e colonizam os Povos.


“COMO CONSEQUÊNCIA DAS PRESSÕES INTERNACIONAIS, QUE EXIGEM UM PLANETA LIVRE DA RADIAÇÃO DOS ACIDENTES FATAIS NUCLEARES, COMO VIMOS O EXEMPLO FUKUSHIMA E CHERNOBYL, ESTAS USINAS ESTÃO SENDO DESATIVADAS EM PAÍSES DESENVOLVIDOS O QUE É UM PROCESSO COMPLEXO, DURADOURO E CARO, DEVIDO AOS RESÍDUOS TÓXICOS QUE PERMANECEM DURANTE DÉCADAS NA NATUREZA”, CONCLUI.



Para a cacica Evani Tuxá Campos, a palestra foi muito importante. “Até agora, todos os debates que tivemos até hoje, se assim posso falar, foram só com quem defendia a construção da usina nuclear. Diferente de hoje. Para além disso, trouxe elementos importantes que apontam o interesse das grandes empresas nesse projeto”, salientou.

Por outro lado existem pessoas que são favoráveis a construção da usina, como é o caso de Marcicleide Freire, dona da única pousada da cidade, que argumenta a mesma coisa que os lobistas pró-construção dizem: geração de emprego e renda! Mas nós sabemos que não é bem assim e já publicamos aqui uma entrevista com Angelo Bueno, do Conselho Indigenista (CIMI) que pontuou: “como é que essa população será empregada se ninguém tem especialização de energia nuclear! Lógico que esse empregos são pra quem é de fora.”


“ACHEI MUITO REPRESENTATIVO QUANDO OS ESTRANGEIROS ENTRARAM NA CIDADE PARA MATAR TODOS E O POVO SE ORGANIZOU PARA LUTAR. ISSO PRA MIM MOSTRA QUE MESMO COM O INTERESSE ECONÔMICO DAS GRANDES MULTINACIONAIS SE A GENTE SE ORGANIZAR PODEMOS VENCER” DISSE NETINHO TUXÁ, DA COMISSÃO DE JOVENS INDÍGENAS DE PERNAMBUCO (COJIPE), QUANDO PERGUNTAMOS QUAL A OPINIÃO DELE SOBRE O FILME BACURAU.

Esse evento faz parte de um série de atividades que serão realizadas neste ano contra a construção do complexo nuclear em Itacuruba.

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